sábado, 28 de dezembro de 2013
Poesias da Linda: VALE A PENA... Nasce um poente em mima cada vez q...
Poesias da Linda: VALE A PENA... Nasce um poente em mima cada vez q...: VALE A PENA... Nasce um poente em mim a cada vez que tenho que deixar-te... Silenciosas agonia...
VALE A PENA...
Nasce um poente em mim
a cada vez que tenho que deixar-te...
Silenciosas
agonias rondam
a
inquietude do meu espírito
sacudido
pela falta antecipada
de
teus beijos
É
a tua imagem ao fundo
que
trago em minhas retinas
sugerindo
aos meus anseios
as
mais deliciosas utopias
com
que tento enganar
a
saudade.
E nas horas passando
surdamente,
lembranças
coloridas
de momentos
lindos
vão-se
espalhando qual balões
subindo
sob
a música suave do
lembrar-te.
É
tua voz que soa
aos meus ouvidos
dizendo
coisas
que
eu queria ouvir...
São tuas mãos que sinto
sobre as minhas
ou
sobre os meus cabelos
a
afagar...
e
entre salgadas lágrimas
da
ausência
bailam
memórias
de
emoções tamanhas
que
coisas puras
e
lindas
vão
contando
o
quanto fazes tu
a
minha história..
E esse querer tem
dimensões tão grandes
tem
uma aura
tão
doce e tão serena
que
mesmo assim ao ter-te
longe
e pouco
que tu me amas
vale
a pena!!!
(Linda Brandão Dias)
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Um pouquinho da genialidade de Clarice Lispector para adoçar o dia....
Sinto saudades de
tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades…
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades…
Sinto saudades de
amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei…
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei…
Sinto saudades da
minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser…
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser…
Sinto saudades do
presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro…
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro…
Sinto saudades do
futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser…
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser…
Sinto saudades de
quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos
que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não
tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!
Sinto saudades de
coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!
e de outras que não tive
mas quis muito ter!
Sinto saudades de
coisas
que nem sei se existiram.
que nem sei se existiram.
Sinto saudades de
coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências…
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências…
Sinto saudades do
cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!
Sinto saudades dos
livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos
discos que ouvi e que me fizeram sonhar,
Sinto saudades das
coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.
Quantas vezes tenho
vontade de encontrar não sei o que…
não sei onde…
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi…
não sei onde…
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi…
Vejo o mundo
girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês…
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês…
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.
Aliás, dizem que
costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados…
para contar dinheiro… fazer amor…
declarar sentimentos fortes…
seja lá em que lugar do mundo estejamos.
espontaneamente quando
estamos desesperados…
para contar dinheiro… fazer amor…
declarar sentimentos fortes…
seja lá em que lugar do mundo estejamos.
Eu acredito que um
simples
“I miss you”
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.
“I miss you”
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.
Talvez não exprima
corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.
E é por isso que eu
tenho mais saudades…a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.
Ela é a prova
inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência…
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência…
Clarice
Lispector
sábado, 9 de novembro de 2013
Mais um pouquinho da sensibilidade encantadora de Otavio
Venturelli para nos fazer sonhar....
ERROS
Tu foste o grande amor que não deu certo,
a mágoa que encontrei em minha estrada;
foste o raio de luz de unma alvorada
que teve o dia em chuvas encoberto...
Tu foste o
sonho que passou mais perto,
a ilusão
mais etérea e mais doirada;
só a
saudade mantém meu peito aberto
e nada mais
restou do amor, mais nada.
És
hoje uma lembrança, um vento frio
que
sopra em minha tarde, és o vazio
que
os olhos vêm ante a solidão.
Mas,
quanto mais pela existência eu ande,
não
me apercebo de outro amor tão grande
nem
saudade maior no coração...
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
DIA DE AMAR
Hoje, o sol que lá fora se
adivinha
no morno do ar
nos claros da manhã
há de escrever, em dourado,
a ladainha
que eu não soube compor
no altar do nosso amor...
Hoje, o azul que no céu se
prenuncia
a anilar o rio, lamacento e frio,
há de tingir o santo desafio
que eu não soube fiar
para aquecer nós dois!
Hoje, sorrindo calma a lua tímida
que boia no céu
num lânguido torpor
há de desenhar, em prata e luz
a prece que eu não soube dizer
pra agradecer
por este amor...
Hoje, a estrela que presumo no
céu,
joia brilhante, no manto negro e
triste
há de fixar-se no aro de meu dedo
numa aliança
que eu nunca pude usar....
Hoje, enfim, amor, é dia de te
amar!....
( Linda
Brandão Dias)
sábado, 12 de outubro de 2013
SONHOS
Quisera, amor, que me quisesses
tanto
quanto te anseia e busca meu
afeto
que, de buscar-te e desejar
repleto
murcha silente em cada
desencanto...
Magoado, então, meu coração
discreto,
sorvendo o fel da angústia vai,
no entanto,
dissimulando as marcas do seu
pranto
vestindo num sorriso o mal
secreto...
Quisera, amor, que ouvindo este
meu canto
como que em passe mágico de
encanto
afastando esse medo desafeto
Tu me adorasses num doce acalanto
e me beijasses, me querendo
tanto.
que eu me tornasse o teu sonho
dileto!
Linda
Brandão Dias
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Completude
porque me rasga
e me costura
na medida certa:
me acende quando sou chama,
me apaga quando sou incêndio...
me cifra quando sou música...
me lê quando sou compêndio....
O meu amor me toca
se sou som
me harmonizando nas notas
da canção...
O meu amor me veste de universo
me ouve atento
quanto sou silêncio
me rima e me compõe
quando sou verso.
me silencia quando sou tumulto
me reconstrói sempre que desmorono
sabe ninar as sendas do meu sono
cupido acerta-me quando sou meta....
Meu amor me respira, se sou ar
me redesenha quando sou rascunho
me deixa só se assim preciso estar
e
em mim se funde quando sou completa....
Linda Brandão Dias
domingo, 22 de setembro de 2013
Há pessoas que têm o dom de
brincar com as palavras e de fazê-las pousarem onde desejam.... Ritmo, rima, ideia,
tudo perfeito. Meu amigo é um desses. Já há alguns anos não o vejo. Mas seu
livro de poesias lindamente chamado “Depois que o sol se foi”, escrito em 1998,
permanece fiel em minha cabeceira. E sempre que quero me embriagar de ternura
vou lá e mato as saudades.
Um
pouquinho de Otávio Venturelli para vocês....
SENHOR DOS SONHOS
Sou morador noturno
desta vida,
crio meus sóis na
escuridão dos nadas;
sou eu quem faz a lua
refletida
no espelho de cristal
das madrugadas;
Percorro sempre a
estrada mais florida,
bebo ilusões nas
fontes encantadas,
e, quando a noite faz a despedida,
sou eu que acendo a
luz das alvoradas!
Tenho a razão de
todas as verdades,
trago comigo a
essência das saudades
e o poder de sonhar,
que me completa.
Faço do amor minha
doirada chama!
Eu sou no mundo
aquele que mais ama...
Não sabes quem eu
sou?- Eu sou o poeta!
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
DIA DE AMAR
Hoje, o sol que lá fora se
adivinha
no morno do ar
nos claros da manhã
há de escrever, em dourado,
a ladainha
que eu não soube compor
no altar do nosso amor...
Hoje, o azul que no céu se
prenuncia
a anilar o rio, lamacento e frio,
há de tingir o santo desafio
que eu não soube fiar
para aquecer nós dois!
Hoje, sorrindo calma a lua tímida
que boia no céu
num lânguido torpor
há de desenhar, em prata e luz
a prece que eu não soube dizer
pra agradecer
por este amor...
Hoje, a estrela que presumo no
céu,
joia brilhante, no manto negro e
triste
há de fixar-se no aro de meu dedo
numa aliança
que eu nunca pude usar....
Hoje, enfim, amor, é dia de te
amar!....
domingo, 15 de setembro de 2013
Pablo Neruda – Morre Lentamente
Quem morre?
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Brechas
Ideias invadidas de vazios
pontuam pensamentos que se perdem,
e a distração preserva, no cansaço,
a sanidade que se quer manter...
Um coração vazado em desalento
desintegrando focos de emoção
se reequilibra em fio de esperança
-sobrevivente enfraquecido do querer...
Quebra-cabeças de sentires vários
no peito as peças montam seus desenhos
como a compor imagens que destoam
da rispidez que a realidade traz.
Mas a canção interior não cessa,
sobrevivente luz de um bem maior,
e, se infiltrando em brechas da razão,
compõe na alma a música da paz!
LINDA
BRANDÃO DIAS
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Casa de penhores
Quanto vale um sorriso?
- eu me pergunto!
E a resposta me dói, me
dilacera,
quando a verdade, cada vez mais rara,
ri do que creio
zomba do que sinto
e lança a dura
realidade
em minha cara.
Já não se encontra o
abraço mais sincero,
nem um botão de luz
que florescesse
num solo germinado
de carinhos...
Hoje, a ternura é
máscara
que emerge
nesta babel de
sentimentos
sem sentires
nesse comércio
desvairado
de interesses...
- me agrade, e eu retribuo
com sorrisos...
- me sirva, e
empenharei
minha amizade!
Este é o retrato cruel
e doloroso
da vida, hoje, neste plano
em que vivemos,
distanciados do que existe
de mais puro
da humanidade mesmo
que esquecemos...
Não sei mais quanto custa
uma ternura,
um ouvido amigo
pra escutar um sonho...
não sei o preço, afinal,
do amor sincero
que não se possa comprar,
por puro amor...
Tenho empenhados por valores vis
carinho, afetos,
grandes amizades
ditas eternas no momento aqui
mas que se perdem
como grãos de areia
nos “infinitos” que se
acabam
logo ali...
Interesses travestidos
de ternuras
desfilam vis nos palcos
da existência...
E a fraude é tanta que
já
nem se sabe
onde ficou perdida a
nossa
essência...
E eu me pergunto sempre
-
em devaneio -
- onde é que vai parar
tal desatino?
Esse cambalear sem fim
num mundo a esmo
pelos vazios dessa
desumanidade
pelos desvãos dos mais
rasteiros
sentimentos???
Quando é que o homem
vai redescobrir-se
humano?
Quando é que vai se
defrontar
consigo mesmo?
(Linda Brandão Dias)
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